19 de julho de 2013

Diferenças entre Pole estático e Pole giratório

Olá amigos Pole Dancers! Durante as aulas, sempre sou questionada quando a aluna decide comprar uma barra, se ela deve pedir a giratória ou a fixa. Então para tirar as dúvidas de vocês eu comecei a pesquisar sobre cada uma, e achei este ótimo texto que explica bem a diferença. Espero que gostem!


Da estática para a giratória...

Sempre fiz aulas em barras fixas, durante mais de um ano foi só esse tipo de pole com o qual tive contato. Minha primeira vez na barra giratória foi na Argentina enquanto fazia meu workshop profissional, devo admitir que foi um contato um tanto quanto desastroso. Quando via as pessoas dançando na giratória eu pensava "Ah, deve ser até mais fácil, você fica lá parada enquanto a barra se move." Bem, não sabia na época o quanto eu estava enganada. No minha primeira subida dei um impulso digno de barra fixa  tentei subir, acho que meu corpo não levantou nem metade do que estava acostumado, admito que meu primeiro  pensamento foi "Virei vitamina."
Para quem está na barra a impressão que se tem é de que está girando muito mais rápido do que quem assiste, é uma sensação estranha estar parado enquanto o mundo se move numa velocidade que parece supersônica. A força necessária para se segurar na barra é muito maior, o que causa um certo estranhamento.
Resumidamente, dançar em uma barra giratória é uma das sensações mais esquisitas que experimentará na vida. 

Quando um corpo qualquer se move em uma trajetória curvilínea, ele esta fazendo um movimento forçado, pois segundo a Primeira Lei de Newton, também conhecida como Lei da inércia, todo corpo possui uma inércia que o mantém em seu estado inicial, seja este de repouso ou de movimento retilíneo uniforme. Desta forma uma corpo que se move sobre uma trajetória circular está sofrendo a ação de alguma força para que mantenha seu curso retilíneo uniforme. A força que age sobre ele é uma força centrípeta, ou seja, direcionada para o centro do círculo onde está descrita sua trajetória.
Esta força centrípeta é o produto da massa do corpo vezes sua aceleração centrípeta, dada por: ac=v²/R, onde v é a velocidade do corpo no ponto da trajetória no qual queremos saber sua velocidade, e R é o raio do círculo sobre o qual ele realiza seu movimento. Esta aceleração é uma reação imediata da força que tende a jogar o corpo “pela tangente”, que é o caminho que o corpo tenderia a fazer naturalmente.
Em contrapartida, todos os movimentos que exigem que seu corpo esteja fora da barra são muito mais fáceis. Um Iron X, por exemplo, é muito mais fácil em uma barra giratória, pois devido a inércia, o caminho natural do seu corpo seria para fora da barra, ainda que suas mãos devam exercer uma força muito maior para agarrar na barra.

Esta força é conhecida erroneamente como força centrífuga. Centrífuga quer dizer que foge do centro. Esta força não existe e não pode ser incluída em equações que descrevam o movimento circular de um corpo. Se por exemplo formos calcular qual é a força normal que age sobre uma pole dancer girando, utilizaremos as Leis de Newton: A força peso que age sobre a dançarina quando esta está no ponto mais alto da barra, é igual ao produto de sua massa pela aceleração da gravidade. Como ela se encontra em movimento circular, está sendo acelerada para o centro do pole, e esta aceleração é igual a v²/R. A força normal então é a reação da força peso com a aceleração centrípeta, então N-mv²/R+mg. Neste caso diminuímos o valor da aceleração centrípeta pois a força que consideramos é a reação a ela, que erroneamente conhecemos como força centrífuga. Nada podemos fazer para alterar a força peso que age sobre um corpo e portanto ela é uma constante.
O valor da diferença entre normal e resultante centrípeta é constante, portanto quanto mais diminuirmos o valor da velocidade do corpo, mais diminuiremos o valor da normal.

Não vou me prolongar em explicações físicas por enquanto, existem uma série de questões a serem levantadas sobre centro de massa, gravidade. 

Porém esse exemplo de como a velocidade funciona em um sistema circular nos ajuda a entender como devemos nos posicionar em uma barra giratória. Como a equação da velocidade neste caso é: ac = v²/R, quanto menor o raio, maior será nossa aceleração. Portanto, toda vez que você se aproximar do pole, sua velocidade aumentará e ao afastar qualquer parte do seu corpo a velocidade irá diminuir. Essa máxima também serve para movimentos de giro na barra fixa, porém é mais nítida em um pole giratório.

Uma das maiores dificuldades em passar da fixa para a giratória é o enjoo, para isto algumas dicas podem ser usadas. Como em um pole o verbo girar não é exatamente próprio, o verbo orbitar faria muito mais sentido nesse caso. Então o velha dica do olhar para um ponto fixo usada no ballet não pode ser usada.
Em um pole giratório, o ideal é olhar para algum ponto que esteja em repouso de acordo com o seu referencial, ou seja, que esteja se movendo na mesma velocidade que você, recomendo olhar fixamente para alguma parte do seu corpo que não esteja se movendo ou mesmo para a própria barra. Nos primeiros dias algum remédio contra enjoo pode ajudar, de preferencia algum que não dê muito sono. Recomendo conversar com seu médico antes de tomar qualquer remédio. Mantenha-se hidratada e não treine sem estar alimentada.

Mas nada melhor do que acostumar-se com a nova situação, aumente gradualmente seu tempo na barra giratória que em breve não parecerá tão difícil assim.
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Um comentário:

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